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Foto do escritorPROMAD Jr.

O machismo nas empresas: como combater

Atualizado: 10 de jun. de 2021

Talvez você já tenha presenciado ou ouvido falar de algumas situações nas empresas de alguma mulher que já se sentiu injustiçada simplesmente pelo fato de ser mulher. Infelizmente, o machismo, ato de preconceito que se opõe a igualdade de direito dos gêneros, se mostra ainda muito presente na sociedade atual e no mercado de trabalho. Um exemplo fácil de se analisar está na simples observação da presença masculina em cargos mais altos nas empresas se comparada com a feminina (há muito mais homens do que mulheres).


Já vivenciou aquela cena onde um homem passa a explicar para a mulher alguma teoria ou forma de realizar algum serviço; sendo eles igualmente capacitados?! O termo utilizado para caracterizar tal ato é chamado de mansplaining, em que um homem tenta explicar algo a uma mulher, assumindo que ela não entenda sobre o assunto; subestimando, implicitamente, a inteligência dela.


Outro termo muito recorrente no dia a dia empresarial é o chamado manterrupting. Nessa situação, um homem interrompe uma mulher e não a deixa concluir suas ideias e falas. Muito comum em reuniões, você também já deve ter presenciado ou vivenciado casos semelhantes. Geralmente, mansplaining e manterrupting caminham lado a lado, tendo em vista que em vários casos as mulheres são interrompidas pelos homens para que eles possam “ensiná-las” algo sobre o assunto, ou simplesmente impor sua opinião antes que elas terminem sua fala.



Implementar a cultura feminista nas empresas é a melhor forma de acabar com as injustiças vivenciadas pelas mulheres nesse ramo. Para isso, em primeiro lugar deve-se acabar com comportamentos retrógrados pertinentes nesse meio. São eles: a desigualdade salarial, tendo em vista que homens e mulheres igualmente colocados e qualificados devem receber o mesmo valor monetário por seu trabalho; ampliar o lugar de fala das mulheres em reuniões, considerando que opiniões de ambos os sexos são relevantes; na hora da entrevista para o emprego, entrevistar os dois gêneros em quantidades semelhantes e não perguntar para as mulheres sobre seu estado civil, maternidade ou pretensões; tendo em vista que essas perguntas não são recorridas aos homens que são igualitariamente pais de seus filhos. Em segundo lugar, construir um ambiente confortável onde possam se expressar e denunciar casos de machismo que possam ocorrer na sua rotina; além de estabelecer punições para tais. Ademais, propagar a todos os funcionários sobre a importância do respeito para com as mulheres alegando não ser tolerável nenhum caso de discriminação e desigualdade de direito entre os dois gêneros.


De modo geral, as empresas devem atentar-se cada vez mais na análise de comportamentos machistas em seu meio e, como consequência, banalizar todo e qualquer ato que se assemelhe ao preconceito e desrespeito contra as mulheres. Com isso, encontrarão um ambiente de trabalho mais agradável a todos e funcionários cada vez mais motivados no trabalho.


Quer entender como uma empresa pode colocar essa cultura em prática? No Brasil temos grandes empresas que já são referência nessa questão e oferecem um ambiente de trabalho adequado para qualquer pessoa, independentemente de seu gênero, cor ou opção sexual.




Com seus valores claros, uma empresa de SP implantou diversas políticas para inserir uma cultura feminista na empresa desde o momento de contratação, em que o candidato ou candidata são avaliados por um homem e uma mulher, para que seja obtido os dois pontos de vista e para que o entrevistado se sinta mais confortável durante sua avaliação. Além disso, a instituição procura atrair mulheres em suas divulgações de vagas para mostrar que elas têm espaço lá dentro e receberão os mesmos benefícios. Outro ponto de extrema importância é o coletivo de mulheres e o acolhimento no RH; no primeiro são levantados temas da realidade feminina para serem debatidos, contando com a presença dos homens para que sejam conscientizados sobre seus desafios e promover o respeito; já no segundo, a companhia conta com profissionais da psicologia para promover um acolhimento a qualquer um que precisar de um suporte.


Dessa forma, essa empresa promove um ambiente mais confortável a seus colaboradores, pois qualquer atitude machista é explicitamente repreendida, levando até a sua demissão. Este exemplo serve para mostrar diversas atitudes que sua empresa pode ter para apoiar a luta feminista pela igualdade e que criar essa cultura não é algo idealista, e sim necessário!


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